No livro de crônicas de Agenor Gasparetto, o autor registra como nota de rodapé o fato de que algumas delas foram publicadas antes em outros veículos, não são inéditas, como é o caso da narrativa “De Birra com Jorge Amado”. Vale a pena a republicação do texto quando eficiente em livro pessoal. Importa que a crônica já publicada em outro veículo seja aproveitada em edição de livro individual, por se tratar de um bom texto de prosa ou poesia. O texto que contribui para conhecimento do mundo merece ser repetido e aproveitado na sua mensagem por mais leitores. As coisas importantes são postas no mundo para que sejam cada vez mais alcançadas. Por isso é que certos livros são reeditados, às vezes a segunda edição é revista e acrescida.
Bom lembrar que Agenor Gasparetto não me pediu para que escrevesse sobre o seu livro. E quem me faz esse tipo de pedido, se eu tiver disponibilidade poderei atender, desde que goste do livro. Hoje é mais difícil escrever sobre autores emergentes da região. Com a idade avançada o corpo reclama, meu tempo é curto e tenho projetos pessoais em andamento. Para quem não sabe, já fiz minha parte na divulgação de autores grapiúnas. Publiquei o livro “Poesia e Prosa no Sul da Bahia”, alentado volume de 349 páginas, no qual estudo 47 escritores nascidos na região cacaueira ou pertencentes ao Sul da Bahia. Não só os grandões tiveram no livro citado meu testemunho crítico. Recebem minha atenção os desconhecidos, os esquecidos, bissextos, emergentes ou com produção pequena. Acho que me saí a contento, o livro foi publicado pela Editora Via Litterarum, a primeira edição está esgotada. Quem tem qualidades fica, um dia o estudioso do assunto faz sua avaliação que serve como orientação e descoberta do valoroso autor. Dá seu testemunho crítico porque é necessário e tem a humildade de se debruçar sobre o texto para a análise pertinente do grande ou pequeno legado, valoroso, repita-se.
Itabuna, 30 de novembro de 2023