O escritor francês Roland Barthes (1915-1980) disse que “O livro é um mundo. O crítico se coloca diante do livro em posição semelhante à do autor diante do mundo”.
Mas, verdade seja dita, não entendo patavina de crítica literária. Apenas exponho meus pontos de vista sem atender a qualquer regra formal que a crítica imponha.
Por exemplo, acho que a importância de uma obra não está relacionada com o número de páginas escritas ou com a fama do autor, mas, sim, com o seu conteúdo.
A uns dias atrás me chegou às mãos o livro “ÊXTASE, de birra com Jorge Amado e outras crônicas grapiúnas”, da autoria de Agenor Gasparetto.
De leitura fácil, vazado em termos simples, sem preciosismos literários, o livro me conduziu a uma viagem pela região cacaueira, seus costumes e suas estórias, inclusive a rivalidade entre ilheenses (papa caranguejos) e itabunenses (papa jacas), a ascensão e o declínio daquela região, analisando também o passado e o presente do homem em sua conturbada trajetória pelo planeta Terra, inclusive frente ao desenvolvimento tecnológico.
Percorri aquelas páginas de uma assentada e, ao final, fiquei um tempo meditando sobre o que havia sido dito.
Parabéns, Gasparetto! Como aprendiz de escritor, recomendo o seu livro.
Humberto Cavalcante, autor