O Soroban é um ábaco japonês antigo que rompeu a barreira do tempo e continua sendo utilizado até hoje como um instrumento para fazer cálculos e desenvolver o raciocínio. Recentemente, tem sido incluído no ensino de Matemática para deficientes visuais.
Este antigo contador traz em sua estrutura o valor posicional, ou seja, cada conta ou pedra do seu tabuleiro representa um valor, de acordo com a sua posição nas hastes. A compreensão deste princípio posicional, através do manuseio de um instrumento concreto, auxilia o aluno a entender melhor o sistema de numeração e suas técnicas operatórias.
Por outro lado, estudos mostram que as crianças de rua, jovens e adultos analfabetos conseguem lidar com as quatro operações, mas eles não utilizam o algoritmo tradicional e utilizam diversas estratégias de decomposição e composição dos números, fazendo cálculos mentais. Por exemplo, para somar 80 com 50, geralmente decompõem 50 em 20 e 30, completam 80 com 20 para formar 100 e, depois adicionam 30.
Neste livro, apresentamos um breve histórico da contagem, um método para desenvolver as quatro operações básicas, como construir seu As autoras. próprio Soroban, sugestões de atividades; relatamos a experiência em sala de aula; e tecemos algumas considerações sobre o uso do Soroban no ensino do Sistema de Numeração Decimal e das quatro operações fundamentais.
Autora: Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana
Possui graduação em Ciências Matemática pela Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (1991), mestrado em Matemática pela Universidade Federal da Bahia (2001), doutorado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2010) e Pós Doutorado em Didática da Matemática pela Universidade de Lisboa (2017).
Autora: Irene Mauricio Cazorla
Doutora em Educação Matemática pela UNICAMP e pós-doutora pela PUC-SP. Professora titular da Universidade Estadual de Santa Cruz. Pesquisa na área de Educação Estatística.
Autora: Jurema Lindote Botelho
Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1992) e Mestrado em Matemática pela Universidade Federal da Bahia (2002). Doutorado em Difusão do Conhecimento pelo programa Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento, com sede na Universidade Federal da Bahia – UFBA (2015). Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz. Atua principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: educação matemática inclusiva, educação matemática de surdos, ensino e aprendizagem de matemática, análise cognitiva e difusão do conhecimento.