História, estórias e costumes, tipos e fatos inusitados, escritores, músicos e músicas, política e religião, literatura, de relepucas a cães surucos. Coisas do ontem e do hoje constituem o cadinho que vem a lume no roteiro das crônicas que integram esta obra.
Como nessa amostra:
“As personagens fazem as cidades. E quanto mais provincianas – ou enquanto provincianas – registram memória. Como avocar a compreensão ou a razão da existência de um “Buraco da Jia”, em Itabuna; de um bairro “Cachorro Assado”, em Itororó; do “Magassapo”, em Vitória da Conquista; da Rua da Forca, em Salvador, sem retomar os fatos, as personas, as atividades que as fizeram assim lembradas?
Gilberto Freire, em algum instante como articulista, criticou a mudança de nome de uma rua, de “Encanta Moça” para Santos Dumont, em Recife. Para o mestre de Apipucos a grande história é a social, aquela que se faz com gente e a partir delas.
…
Como pensar na personalidade grapiúno-itabunense esquecendo Alencar Pereira da Silveira, o Cabôco Alencar, e seu O ABC da Noite, naquele Beco do Fuxico? Caso duvide o caro leitor que pergunte a alguém quem foi ou o que representa Adolfo Leite, nome oficial da artéria.
da crônica ‘Personagens sociais’
Autor: Adylson Machado

ADYLSON Lima MACHADO, nasceu em Monte Alegre da Bahia (atualmente Mairi). Reside em Itabuna. Advogado e professor, leciona Direito Municipal e Direito Financeiro no Curso de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, em Ilhéus.