Pepê perguntador aborda diálogos simples entre uma professora e seu aluno durante as idas e vindas à escola. Não se trata de um livro recheado de nomes difíceis, nem de um caso de amor com amplas digressões sobre o perfil psicológico das personagens, nem de um simbolismo obscuro. É um livro perfeitamente acessível ao público infantojuvenil. No entanto, apesar de escrito para esse público, Pepê perguntador é um livro maduro, bem escrito, e toca no essencial: a pergunta, a leveza, o amor.
Autor: Vitor Hugo Martins
O romântico moderno (ou será o moderno romântico?), o cidadão engajado, inconformado com a lastimável situação do País e de suas instituições, o amigo generoso, o filho amoroso, o pai, o avô, o marido devotadíssimo (pela primeira vez de papel passado, aos 65 anos, cuja história teve início lá nos anos 70 do século passado e da qual fui cúmplice, no prólogo e também no epílogo) são temas magistralmente abordados nas 96 crônicas que compõem esta obra. Ainda que isso nos pareça suficiente, é no estilo impecável do escritor – Machado de Assis adoraria lê-lo (penso eu) – e no grande tabuleiro imagético impresso nas narrativas que se encontra o êxtase que todo leitor espera de um livro.