O desterro dos mortos constitui-se de um conjunto de 12 contos escritos numa linguagem simples e elegante, com uma profusão de vivências e experiências experimentadas por personagens emblemáticos do cotidiano. As histórias são surpreendentes, cheias de humanidade e busca de compreensão do outro. E os narradores estão sempre empenhados em desvendar e compreender as vicissitudes da existência humana.
Em cada conto, o leitor se depara com situações em que as personagens enfrentam os confrontos e os dilemas da vida – a aceitação, o amor, a dor, a fi nitude, a compaixão. A morte aparece não apenas como perda e dor, mas como experiência profundamente humana, rica em signifi cados e sabedoria. Os narradores trazem à tona as diversas questões que envolvem as relações interpessoais, entre amigos e familiares, em que a refl exão sobre as pessoas e os seus afetos transformam-se em conhecimentos e experiências para a compreensão do mundo e da vida.
O livro é todo vazado em uma prosa simples, atraente, poética, que narra os fatos com a leveza, detalhes e uma enorme solidariedade para com as personagens e o leitor. A morte marca as narrativas e instiga o leitor a pensar na existência humana e na importância de tentar compreender e aceitar as diferenças no convívio com as pessoas próximas e com os semelhantes.
Autor: Aleilton Fonseca
Aleilton Fonseca nasceu em Firmino Alves (1959), cresceu em Ilhéus e reside em Salvador. Cursou Letras (UFBA), mestrado (UFPB) e doutorado na USP (1997). Atuou na UESB e é Professor Pleno de Literatura da UEFS. Em 2003 lecionou na Université d’Artois (França). É coeditor das revistas Iararana (Literatura) e Légua e Meia (Artigos). Publicou vários livros. Poesia: Movimento de sondagem (1981), O espelho da consciência (1984), Teoria particular do poema (1994). As formas do barro (2006). Contos: Jaú dos Bois (1997), O desterro dos mortos (2001), O canto de Alvorada (2003) e Les marques du feu (2008, França). Ensaio: Guimarães Rosa, écrivain brésilien (2008, Bélgica). Romances: Nhô Guimarães (2006) e O Pêndulo de Euclides (2009). Pertence à UBE-SP, ao PEN Clube do Brasil e à Academia de Letras da Bahia.