Neste livro temos uma narrativa rara e preciosa. Um caranguejo chamado Ali- -di-Lá toma a palavra e narra as origens, a história e a condição de sua espécie, os caranguejos do mundo. Você sabe o que há com eles? Ora, os caranguejos encontram- se ameaçados de extinção nos manguezais, esses nichos ecológicos tão maltratados pelos seres humanos, explorados e degradados pela poluição e pela pesca predatória.
Mas essa história é bem-humorada, pois Ali-di-Lá é gente boa. Ele tem esperança e acredita haver um oásis onde a vida poderia ser preservada e os caranguejos viveriam em paz. No entanto, o leitor vai verificar que isso não é nada fácil. O caranguejo Ali-di-Lá vai nos revelar uma realidade dura, em que a vida nos mangues está jurada de morte, com a extinção de várias espécies de animais que vivem na sua preciosa lama.
A situação é crítica. E o sonho de Ali-di-lá ainda é um desejo longe de ser alcançado. Os mangues do Brasil poderiam ser um paraíso para os caranguejos, siris, aratus e demais seres que ali nascem e tentam sobreviver. Mas o que se vê é o contrário: o país está um “mangue”!
Esta narrativa é uma ficção muito realista. Ela informa o leitor, traz dados científicos, mostra a realidade das estatísticas, denuncia a degradação dos mangues e os estragos que isso representa para o meio ambiente.
Esta história é muito crítica. Faz um alerta para que todos nós, e sobretudo os leitores jovens, possamos nos conscientizar de que os mangues precisam de socorro. Os manguezais são o lar de muitos animais que formam um ecossistema fabuloso e indispensável ao equilíbrio do meio ambiente.
Ali-di-Lá é um caranguejo que sonha com a salvação dos manguezais. Ao ler sua história, temos todos de assumir um compromisso urgente. Precisamos ajudar a salvar os nossos ricos manguezais.
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