A tecnologia digital vem sendo progressivamente aplicada nos processos comunicacionais e na construção de saberes didático-pedagógicos, porém, na medida que representa um facilitador para o acesso às informações no mundo virtual, é também responsável pelo surgimento de situações de conflitos e de condutas criminosas por parte dos seus usuários, deflagrando os chamados crimes cibernéticos.
O uso das redes tecnológicas exige a percepção,
o conhecimento e o compromisso ético, recíprocos, tanto do emissor quanto do receptor das mensagens, e essas condutas devem ser pontuadas no exercício da atividade docente, quando da utilização da tecnologia virtual no processo ensino-aprendizagem. A pesquisa se propõe a evidenciar sobre possíveis crimes cibernéticos que potencialmente podem ocorrer durante a prática de uma atividade em sala de aula, ou mesmo no ambiente escolar, e que impliquem num desconforto ou em constrangimento entre os atores envolvidos, principalmente pela falta de preparo e formação jurídica do professor para compreender e empreender soluções e ações preventivas no combate ao crime cibernético.
Diante de uma pesquisa bibliográfica, aplicando-se o método descritivo para a interpretação de fatos ocorridos em salas de aula, e que enveredaram para o enquadramento de conduta delitiva por parte dos envolvidos no processo educativo, pretende-se relacionar a importância da formação jurídica basilar do professor à redução do número de condutas definidas como sendo crimes cibernéticos, decorrentes do uso de tecnologia digital na atividade docente em sala da aula.
Autora: Maria Luiza Heineme
Maria Luiza Heine nasceu na cidade do Rio de Janeiro e veio morar em Ilhéus na década de 70. Aqui teve suas duas fi lhas e se formou em Filosofia na antiga Fespi (atual UESC). Fez Especialização em História Regional e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente na UESC. Criou raízes, recebeu o título de cidadã ilheense é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus, da Academia de Letras de Ilhéus e da Sociedade de Defesa do Patrimônio Histórico de Ilhéus. Durante nove anos foi professora de Filosofia, Ética e Gestão Ambiental na Faculdade de Ilhéus. Tem sete livros publicados, escreve para o jornal Diário de Ilhéus e concluiu o doutorado em Educação na Universidade do Estado da Bahia.)