Ácido, acre, chocante. De início, o título pode intrigar. Mas Cláudio Zumaeta assume tal escolha e tem estratégias de conquista. A epígrafe de Valdelice Pinheiro anuncia “a hora de chorar” e instaura mais expectativa. As partes que dividem o livro – I – Indo…, II – Indo… Ainda… e III – Vida & Morte – insinuam o caminhar da vida, o seu dia-a-dia. Nominativos dão títulos às narrativas curtas, que condensam vidas, em fortes, e muitas vezes, violentos sentimentos. Assim acontece!
O leitor, talvez perplexo, é tomado de assalto por um clima tenso, de tragicidades e de violências. Em ordem alfabética de A a Z acontecem os dramas da primeira parte; de Z a A, os da segunda. E isso não é gratuito. Muitas vezes, os dramas da primeira parte são retomados de outro foco na parte seguinte, como acontece em Alípio (Indo…) e Alípia (Indo… Ainda…). A reflexão sobre a vida e a morte, que a última parte (Vida & Morte) sintetiza em quatro linhas é, antes, gradativamente reclamada a cada texto, ao longo do livro.
Autor: Cláudio Zumaêta
Natural de Canavieiras, Bahia, graduado em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL – BA) e pós-graduado em Administração Pública com Ênfase em Administração Municipal. É também graduado em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC – BA) e pós-graduado em História do Brasil pela mesma Instituição de Ensino Superior. É ainda professor de História em vários Colégios do eixo Itabuna/Ilhéus e articulista dos Jornais AGORA (Itabuna – BA), DIÁRIO DE ILHÉUS (Ilhéus – BA), DIÁRIO BAHIA (Itabuna – BA), além do site MERCADO DO CACAU. Esteve à frente da Loja Maçônica Mahachoan (Camacan – BA) entre 1997 e 1999. Participou do Projeto Cultural/Musical Bahia Singular e Plural (2000). Publicou “Cacauicultura: a Ceplac e a vassoura de bruxa em Camacan”, pela EDITUS (UESC, 2007), teve poemas publicados na “antologia Poética: Cânticos a Itabuna centenária” (2010), pela Via Litterarum, além do livro de contos “Pedra por Pedra” (2012) publicado pela Mondrongo. É membro da Academia Grapiúna de Letras (AGRAL).